A comunidade arranhoense distinguiu-se durante décadas por ser uma família de famílias. A vida social na aldeia desenrolava-se com as dificuldades e tropeços próprios de cada época, mas num ambiente saudavelmente solidário.
Desde crianças se aprendia a sociabilizar e conviver com os vizinhos, a vida fazia-se na rua, e era muito forte a percepção da presença da Família e da sua importância na comunidade.
Não é pois de admirar que as pessoas gostassem de registar para recordação momentos felizes. Falamos duma época em que as máquinas fotográficas eram raras e havia uma noção de contenção diferente da futilidade atual. Tirava-se uma foto para oferecer a amigos, e para guardar religiosamente em casa.
Esta foto de grupo é muito bonita e através dela podemos recordar não só familiares ou vizinhos, como também dar conta de pormenores importantes como o cuidado que colocavam na sua apresentação quando saíam para um passeio, ou as modas feminina e masculina da época. Falamos de tempos em que não havia o hábito nem a disponibilidade para viajar e muitos nem nunca saíam da sua aldeia.
Da esquerda para a direita:
atrás – ti Glória, Maria Burrica, Natália Carvalho, Maria Matilde Rodrigues Soares, o António Rodrigues e a esposa Emília Pereira.
frente: José Carvalho Rodrigues, Maria da Luz Carvalho, António Carvalho Rodrigues.
Esta foto maravilhosa foi-nos facultada pela nossa prima Maria José Soares Mateus a quem muito agradecemos a generosidade da partilha.
#FamíliaDeFamílias
© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz