Na sequência da Exposição sobre o tema no salão do URDA nos anos 80, [1] continuamos a apresentar de forma faseada este Estudo que vem actualizar a nossa anterior história das dinâmicas associativas em Arranhó. [2]
13 – O GRANDE CONSENSO E UNANIMIDADE
Os anos que se seguiram à conquista da liberdade política foram de grande euforia entre a população de Arranhó, com grandes sonhos e com um forte sentido de pertença a uma família de famílias.
Ambas as instituições, quer a SURA quer o CDA, conheceram um período com grande dinâmica directiva com muitas ideias e iniciativas a mobilizar os seus associados,
Mas o clima de união era favorável a uma ideia já antiga de se unirem as duas instituições. Chegou-se a um momento em que as antigas rivalidades e diferentes pontos de vista estavam ultrapassados e quer os Directores de ambas as instituições, que os seus sócios, desejavam unanimemente uma união.
E esse grande e genuino consenso e unanimidade consumou-se com a marcação duma Assembleia Geral para o dia 29 de Novembro de 1976.
Nós tivemos a oportunidade de participar naquela histórica e inesquecível Assembçeia Geral, realizada no salão de baixo da sede da Sociedade União Recreativa Arranhoense (SURA), que reuniu sócios e dirigentes de ambas as instituições para discutir uma proposta de fusão.
Foi muito massiva a participação de sócios e a discussão decorreu num clima de total união, dum significativo ambiente de consenso e unanimidade.
O percurso associativo era conhecido, a Sociedade União Recreativa Arranhoense tinha um rico histórico de dedicação ao recreio e cultura em Arranhó, e o Clube Desportivo Arranhoense tinha sucedido ao efémero Sport Lisboa e Arranhó e havia consolidado o seu trabalho no ambito desportivo, designadamente o futebol.
A proposta de união colocada à votação da Assembleia foi pois aprovada, sem surpresa, por unanimidade e aclamação.
Para o nome, foi aprovada por unanimidade, uma proposta do meu primo José da Silva Lourenço, para a designação no masculino de União Recreativo e Desportivo de Arranhó URDA.
Para hino do URDA foi assumido o famoso Hino da SURA, da autoria do notável e grande amigo de Arranhó, o Mestre Mário Martins.
Para emblema do URDA foi aprovada, também por unanimidade, uma proposta do meu amigo e parente José Joaquim Munhoz Frade, onde se reflectiam os ideais da instituição: a união à volta da Instrução e Cultura (os livros), do Desporto (o símbolo olímpico), e da Música e recreio (a lira e duas claves de sol).
A Assembleia também acolheu por unanimidade as propostas avançadas para cuidar da integração do património de ambas as instituições.
Foram momentos inesquecíveis conduzidos pela Comissão Pro-Sede e que depois providenciou os procedimento para eleição da primeira Direcção Direcção liderada pelo sócio José Maria Ferreira Rodrigues, tendo significativamente como presidente da Assembleia Geral o sócio José Munhoz Frade, coadjuvado pelo João Romana de Além e o Carlos Maria Rodrigues.
A continuidade associativa estava garantida e o futuro prenhe de ideiais e vontade de ir mais longe e mais além.
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Notas;
[1] Luiz, José M. Ferreira | Guião da Exposição 60 Anos de Vida Associativa Organizada | manuscrito dactilografado | Arranhó, 1989.
[2] Luiz, José M. Ferreira | Estudo Sobre o Associativismo em Arranhó | original, 2023.
[3] Carvalho, Lino Manuel Firmino | URDA 30 Anos 30 Nomes | Grifos Fotocomposição | 2006
[4] Carvalho, Lino Manuel Firmino | URDA 20 Anos | Grifos Fotocomposição | 1996
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© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz
