Esta bonita foto com a data manuscrita de 1952 no verso é muito ternurenta, recordação duma Arranhó com muito menos casas e um ambiente de muito convívio fraterno entre vizinhos.
Foi tirada no Outeiro, e nela vemos a Zulmira Carreira a segurar ao colo um gatinho, e com ela duas netinhas da célebre D. Eugénia, a parteira da aldeia, filhas da sua filha Clementina. A menina do meio chamava-se Maria Amélia, e a mais velhinha com o boneco, chamava-se Maria Luísa.
Podemos conferir na anotação manuscrita que foi tirada em 1952.
Como se pode constatar, embora já não estejam entre nós, elas podem lembrar-nos as vantagens duma vida com simplicidade e amizade autêntica, podem lembrar-nos as mulheres resilientes arranhoenses que souberam singrar por entre as dificuldades da vida, e até podemos admirar os brinquedos de outrora, como é o caso dum boneco em pasta de papel pintado.
Saber apreciar e preservar estas memórias coletivas ajuda a humanizar e a encontrar as melhores respostas aos desafios do presente.
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© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz