Noutros tempos, o dia de descanso para os arranhoenses era apenas o dia de Domingo (e a Segunda-feira para os sapateiros). Não havia o que hoje tomamos como normal, isto é, o fim de semana de dois dias. Aliás ainda hoje muitas empresas arranhoenses trabalham ao sábado.
Também não havia nos anos 50 e 60 como agora o hábito de tirar férias pois o dinheiro não era muito, e a vida rural tinha muitas tarefas que não davam muita folga.
Como partilhou sobre o assunto a Maria Teresa Gonçalves: “as idas á praia eram raras pois não haviam muitos transportes, mas já nessa época iam várias famílias, especialmente as mulheres, com os filhos para a Ericeira, mas sempre depois da festa de Ajuda, a minha avó já ia, mas alugava-se uma casa grande onde ficavam várias famílias, também na minha infância sucedia o mesmo, a minha mãe ia comigo e com o meu irmão, mas no mínimo eram sempre três famílias na mesma casa.”
De qualquer modo, havia sempre alguém que organizava uma boleia de transporte e uma merenda para possibilitar uma visita à Ericeira ou a Santa Cruz.
Foi o caso deste bonito grupo de raparigas que foram visitar a praia. Como se pode ver foram apenas conviver e apanhar os bons ares marítimos, pois o uso do fato de banho ainda não era um hábito.
De qualquer modo isso não impediu o ar feliz que evidenciam.
Da esquerda para a direita podeis recordar a Maria Amélia Carreira Ferreira, a Mariana Rodrigues Soares, a Maria Teresa Assis Ferreira, a Maria Matilde Rodrigues Soares, e, a Ludovina Morgado.
O nome e o rosto preservam a memória dos que nos antecederam e por essa razão procuramos obter todas essas informações neste nosso projeto.
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© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz