Toponímia arranhoense
Esta rua também faz parte da célebre campanha da máquina [1] e esta placa toponímica [2] tão descuidada corre o risco de não fazer justiça a todo o significado que encerra.
Trata-se duma rua transversal à rua da Chã que recorda um notável arranhoense por adoção e dedicação: Francisco Faria Jerónimo (1940-1991).
O Francisco Faria Jerónimo era natural da Carvoeira, e em Arranhó desposou a Maria Eugénia Luís Serralheiro Jerónimo, filha do João Serralheiro Raimundo e da Vitória Maria Luís, e por cá fez a sua vida e teve os seus dois filhos..
Comerciante de panos e roupas, trabalhou ambulante e com loja em Arranhó. Homem bom e honesto, era também um homem simples e muito prático nas palavras e acções. Destacou-se na comunidade quando ocupou com grande diligência e proactividade o cargo de presidente da Junta de Freguesia de Arranhó, entre 1983 e 1993. Era um autarca que punha as mãos na massa e muito próximo das pessoas.
Partilhou a sua cordialidade e estima comigo, deixando-me boas recordações, as suas qualidades deixaram saudade e estima em toda a gente.
Foi pois muito acertada esta escolha da autarquia de preservar a sua memória com a atribuição do seu nome a uma rua da vila. Como já temos referido a toponímica também serve para preservar a história local e o reconhecimento público de arranhoenses notáveis, e há vários vários notáveis que ainda não mereceram esta atitude, talvez por desconhecimento.
Esperamos com mais este postal da série sobre a toponímia arranhoense, ajudar a despertar e sensibilizar para a importância social e cultural de ter uma correta estratégia local de dar nomes às ruas, largos e praças da freguesia.
Notas:
[1] para saber mais reveja os Postal de Arranhó 083 e Postal de Arranhó 084.
[2] dá-se o nome de toponímia à escolha dos nomes de um sítio, dum lugar, rua ou localidade.
#ToponímiaLocal
© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz