Temos em espaço nobre da sede do concelho um belo e discreto monumento a recordar os muitos jovens que foram convocados e mobilizados para a Primeira Grande Guerra Mundial de 1914-1918, em particular os que lá perderam a sua vida.
Talvez passe despercebido a muitos de vós aquele monumento, mas em nosso entender deveria ser explicado e recordado o seu significado junto das novas gerações, para que estas tragédias se não repitam, e sejam cultivados e valorizados os valores da Paz, da Reconciliação, e da Tranquilidade, entre os povos.
Um pormenor que gostaríamos de salientar aqui é que naquele monumento onde estão referidos seis recrutas que perderam a vida naquele conflito mundial, três deles são de origem arranhoense:
– José de Jesus Gageiro, soldado de engenharia, África, 9-01-1917
– José da Silva Raimundo, soldado de metralhadoras, África, 7-09-1917
– António Alves Carreira, soldado de infantaria, França, 24-01-1919
Pelos apelidos, podeis reconhecer facilmente as famílias de origem. Curiosamente, em 2018, por ocasião duma iniciativa da Câmara Municipal a homenagear militares do concelho que participaram na Primeira Grande Guerra, foi também recordado o arranhoense António Alexandre dos Santos, natural de Alcobela, que regressou à sua aldeia e constituiu família, não esquecendo contudo as agruras e horrores que vivenciou.
Graças a Deus que temos podido viver tempos de paz em Portugal e na Europa, talvez por isso mesmo devemos recordar estes conterrâneos e outros conterrâneos que foram mobilizado também para a Guerra do Ultramar, para que nunca esqueçamos o seu sacrifício e o seu patriotismo.
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© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz