Toponímia arranhoense
Esta rua sobrepõe-se a um caminho secular que partia da Quinta do Passo para chegar até ao núcleo do lugarejo. Sabemos que Arranhó de Baixo remonta aos alvores da nacionalidade, tal como Arranhó de Cima.
E também sabemos que foi um núcleo habitacional que se desenvolveu junto do Rio da Silveira numa zona muito produtiva de horticultura, onde também se veio a constituir a Quinta do Arcau.
A comunidade de Arranhó de Baixo dividia-se nas duas margens do Rio da Silveira. Ao lado nascente as pessoas chamavam Outão, e ao lado poente chamavam Lugar d’Além.
Ainda não foi clarificada com segurança a origem da palavra Outão ou Otão.
No Outão viveram, entre outras famílias, o António Gonçalves Luís e a Maria Gertrudes Lourenço; o Manuel Francisco Luis e a Maria Doroteia Luís, e após enviuvar com a Francisca da Piedade Raimundo; o Manuel Francisco Barroso e a Gertrudes Carvalho Matias.
No Lugar d’Além, ali tiveram a sua morada por exemplo a família Fernando Pereira (Fernando Barroso) e Amélia da Encarnação (Bengalas).
Desde o virar dos anos 70 o lugar tem conhecido um longo entardecer.
Foi certamente evidente para a Junta de Freguesia a escolha da toponímia [1] pois era um nome óbvio, e assim ficou preservado para a memória futura um pouco da história local.
As placas toponímicas mereciam um pouco mais de cuidado e conservação.
Esperamos com este da série sobre a toponímia arranhoense, despertar e sensibilizar para a importância social e cultural de ter uma correta estratégia local de dar nomes às ruas, largos e praças da freguesia.
Notas:
[1] dá-se o nome de toponímia à escolha dos nomes de um sítio, dum lugar, rua ou localidade.
#ToponímiaLocal
© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz