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Postal de Arranhó N° 070: “Somos uma família de famílias”

Manuel Ferreira da Encarnação e Maria da Conceição Soares

Gostamos de olhar para Arranhó como uma família de famílias, onde também se inclui a minha família materna. Ao preservar os rostos e os respetivos nomes, enriquecemos a nossa memória comum.
O Manuel Ferreira da Encarnação (n 13-02-1901, f 21-05-1976) e a Maria da Conceição Soares (n 08-05-1906, f 13-01-1948) ambos de Arranhó, uniram-se pelo matrimónio e fizeram sua morada no nº 1 da atual Rua dos Sapateiros, em Arranhó.

Ele mestre sapateiro, conhecido por Manuel Brincatudo, com oficina própria com vários colaboradores junto de sua casa; ela doméstica, faleceu prematuramente com apenas 42 anos. Foram seus filhos: o Firmo, a Noémia, o Francisco, a Belarmina, a Virgínia, a Maria Manuela, e, o Manuel Domingos.

O tio Firmo, que desposou a tia Maria Albertina Soares e tiveram a prima Maria Manuela (que desposou o Luis, e tiveram a prima Ana Sofia e a prima Sílvia); a tia Noémia, que desposou o tio Manuel Sousa e são os meus padrinhos; o tio Francisco, que desposou a tia Maria do Patrocínio, que foi professora primária em Arranhó; a tia Belarmina, que desposou o tio Manuel Rodrigues e tiveram a prima Maria da Conceição (que desposou o António Lourenço e tiveram a prima Patrícia, e, a prima Alexandra, que desposou o Paulo Rodrigues e tiveram os primos Dinis, o Afonso e a Leonor), e, o primo Carlos Manuel que desposou a Ana Maria Garcia e tiveram o primo João Pedro que casou com a Inês Eira e tiveram a prima Madalena, e, o primo Diogo; o tio Manuel Domingos que desposou a tia Maria Joana e tiveram o primo António Manuel (que desposou a Célia Veríssimo e tiveram a prima Mariana); a tia Maria Manuela, que desposou o tio Joaquim Narciso e tiveram o primo Joaquim Manuel (que desposou a Salomé Ferreira e tiveram a prima Matilde e a prima Beatriz).

Finalmente, a Virgínia da Conceição, minha querida mãe, que desposou o José Raimundo e tiveram-me a mim que desposei a Maria José e tivemos a Ana Catarina que desposou o Nuno Gonçalo e tiveram a Luísa; e a minha irmã Maria Helena que desposou o João Miranda, e tiveram os meus sobrinhos Inês e Tiago.

Não cheguei a conhecer a minha avó materna, mas tudo leva a crer que era muito querida, tal como o meu avô. Esse ainda conheci bem, convivi e brinquei com ele. Era um homem bom, trabalhador e honesto. Há bons uns anos, conheci uma família de São João das Lampas, em Sintra, herdeiros do Sr. José Francisco Justino, fundador da empresa Galucho. Eles lembravam-se com muito carinho do meu avô, que pernoitava na sua casa quando ia levar calçado para venda naquelas paragens.

É muito bom lembrar as raízes e incentivar que outros mais se interessem por guardar e preservar as memórias da sua família. Isso de resto ajudará a perceber melhor que somos uma família de famílias e é um incentivo para uma maior aceitação e fraternidade comunitária.

Continuamos a insistir nos graus de parentesco, porque nos dias de hoje isso não está a ser cultivado entre as novas gerações com sérias consequências na perda dos laços familiares. Arranhó está a enfraquecer os seus laços familiares e isso é um problema a merecer a atenção de todos.

#FamíliaDeFamílias

© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz