Felizmente são cada vez mais aqueles que conhecem e mostram o seu interesse e apoio neste projecto de preservar e valorizar a história e a memória das pessoas que viveram em Arranhó. É que não basta ver e partilhar fotografias, é importante ler e recordar as pessoas e as suas histórias familiares.
A vida na aldeia de Arranhó decorria ao ritmo das estações do ano e numa economia de base doméstica. Era muito comum as famílias mais remediadas fazerem criação para consumo doméstico (galinhas, coelhos, patos, etc) e sobretudo para vender para fora procurando conseguir algum dinheiro adicional.
Neste postal temos uma foto muito interessante mostrando a Mabília Munhoz Frade junto do portão do antigo Matadouro com um bando de perús de criação. Será oportuno referir que naquela época os hábitos alimentares eram outros, e os perús eram criados em Arranhó fundamentalmente para vender em Lisboa, onde as famílias mais abastadas apreciavam comer como iguaria pelo Natal.
Reparai também no modo como as mulheres se vestiam à época, inclusivé o uso de lenço que era muito comum. A Mabília Munhoz Frade era casada com o José Soares Pinto, ambos muito considerados na comunidade.
#UsosCostumes
© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz