No ano 2020, por causa da epidemia Covide, não puderam ocorrer as tradicionais celebrações do dia 13 de Maio com a presença de povo no Santuário de Fátima.
Aproveitamos esta oportunidade para vos apresentar esta belíssima foto de um grupo de peregrinos de Arranhó, que se deslocaram a Fátima em peregrinação para o 12/13 de Maio de 1955.
Além das pessoas que nos podeis recordar, chamamos a vossa atenção para os meios de transporte que eram então utilizados: a camionete de carreira, o camião de mercadorias, e mais raro, numa viatura ligeira.
Podemos também observar que neste caso usaram um camião, com o recurso expedito a um encerado, que não só acomodava as pessoas no transporte como também lhes servia de “hostel” para descansar à noite.
Nestas deslocações era comum levar-se a manta espanhola ou um cobertor de papa, a cesta de vime com a comida, o respetivo garrafão empalhado de vinho, até mesmo algum colchão. Tudo decorria num ambiente fraterno, familiar e descontraído.
Arranhó não era conhecida por ter uma vida espiritual intensa, mas guardava uma fé e uma devoção simples que se expressavam genuinamente nestes momentos.
Entretanto podemos adiantar uma hipótese de reconhecimento do grupo, como habitualmente da esquerda para a direita:
atrás de pé: a Francisca (do Artur da Burra), a Beatriz Raimundo, a Piedade Gageiro? A Lexinda Raimundo, o José Batista, a Maria Joaquina Raimundo, a Maria Isabel Raimundo, a Mãe da Francisca?, a irmã da Francisca?
agachados: o filho do Artur?, o Zé Manjor, a Lígia Raimundo, a Zulmira Carreira, o Firmo Raimundo Júnior?
na frente: o Artur da Burra
Nota:
Nunca é demais sublinhar que estas bonitas recordações só são possíveis graças à generosidade daqueles que partilham comigo as suas fotos e recordações. Sem eles não nos seria possível resgatar a nossa memória identitária.
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© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz