Esta bonita foto mostra-nos uma carroça com varais, de tração animal, na estrada nacional N115, tendo por pano de fundo os antigos edifícios à beira da estrada, que foram substituídos nos anos 80 pelo atual edifício da firma Contar.
O edifício da ponta era a oficina de sapateiro do meu tio-avô Francisco Ferreira Morgado.
Na foto da foto vê-mos um rapaz, o José Soares Mateus, e um adulto, o José Pinto da Maria da Eira, que era o homem de confiança da casa do Manuel Francisco Mateus (1899 – 1965) e da Mariana Soares (1905 – 1991).
As carroças puxadas por mulas e machos foram muito utilizadas em Arranhó para auxiliar no transporte de cargas, quer trazendo produtos das fazendas [1] e courelas [2], quer levando mercadorias para venda nas feiras e mercados [3], ou no porta a porta.
Notas:
[1] dava-se o nome de fazenda a pequenas propriedades rústicas, a terrenos cultivados
[2] dava-se o nome de courelas a parcelas de terra cultivada compridas e estreitas.
[3] os arranhoenses vendiam ovos, frutas e legumes, nas feiras próximas de Bucelas e Sobral, e mais longe, na Malveira e Vila Franca de Xira. A capital sempre foi um grande consumidor de produtos desta região saloia.
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© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz