Já são muitas as gerações arranhoenses que associam esta Marcha a momentos felizes e inesquecíveis das suas vidas, e que a tornaram um ícone da identidade arranhoense.
A Marcha de Arranhó data dos anos 50, com música do mestre Mário Martins e letra da sua filha Maria de Lurdes Martins, e imortaliza a alegria e confiança próprias dum ambiente familiar e de união que animou gerações de arranhoenses até aos anos 80.
MARCHA DE ARRANHÓ:
Quando rompe claro o dia
Canta alegre a cotovia
À tardinha, ao pôr do sol
Canta alegre o rouxinol
Canta o vento nos pinhais
Cantam melros e pardais
Cantam machados nos montes
Cantam as águas nas fontes
(estribilho)
Arranhó que nos dás vida e calor
Suaviza as paixões do nosso amo
Arranhó tua canção ideal
Assim desliza neste lindo Portugal.
Cantam galos nos outeiros
Cantam pastores e boieiros
Cantam Manéis e Marias
Nas mondas todos os dias
Cantam as meninas as modas
Cantam nos carros as rodas
Cantam as mós nos moinhos
Canta a mãe ao seu filhinho
(estribilho)
Ao som deste saxofone
Cantai pelo microfone
Todos os vossos desejos
E lindas trovas de beijos
Nesta alegria fagueira
Que na vida é passageira
Levai na vossa ilusão
Tão grata recordação
(estribilho)
Na última formação dos Bem Entendidos de Arranhó, dava a sua voz a esta e outras maravilhosas composições o António Raimundo dos Reis,
Só se preserva o que se conhece, e as novas gerações arranhoenses hão-de certamente dar continuidade às suas tradições musicais e voltar a aprender a tocar esta e outras peças musicais de tão boa memória.
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© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz