Postal de Arranhó N° 024: "Estudo sobre o associativismo em Arranhó VI"

Na sequência da Exposição sobre o tema no salão do URDA nos anos 80, [1] vamos apresentar de forma faseada este Estudo mais atualizado da história das dinâmicas associativas em Arranhó. [2]

É importante ter presente que o País vivia nesta altura um momento de mudança com um novo governo, a ascensão de Oliveira Salazar e do Estado Novo, e uma grave crise económica que também afetou o nosso concelho, designadamente através do racionamento de produtos alimentares, e cá se usaram também as célebres cadernetas de racionamento.

Todo este contexto ajuda a valorizar o empenho dos arranhoenses em procurar contrapor às dificuldades a alegria da união e do convívio comunitário.

E a Troup-Jazz foi uma lufada de esperança em dias melhores, mesmo apesar das sombras primeiro da Guerra Civil em Espanha, e depois o estalar da Segunda Guerra Mundial.

O dinheiro em circulação era escasso, mas mesmo assim a Troup-Jazz apresentava-se galhardamente fardada com fato, calça e casaco pretos, camisa branca e laço preto. Utilizavam instrumentos de corda como base, só vindo a adotar instrumentos de sopro mais tarde.

Fizeram um enorme sucesso, deixando na memória de todos os arranhoenses momentos de inesquecível emoção. Vivia-se um ambiente muito familiar e solidário onde todos ajudavam todos, e os bailes da Sociedade favoreciam a união intergeracional.

Dessa pujança, foi ponto máximo a organização do encontro de sete Bandas-Jazz propositadamente convidadas que teve lugar a 22 de Agosto de 1943.

Nesta foto pudemos conferir uma composição ligeiramente diferente, da esquerda para a direita: de pé – José Munhoz Frade, António Serralheiro Raimundo, António Carreira, José Luis Além, José Soares Pinto, Benjamim Frutuoso, Custódio Carreira Pinto, Manuel Assis.

sentados – Mário Martins (o Mestre), Teófilo Dos Santos Braga,

#HistóriaLocal

Postal de Arranhó N° 024: “Estudo sobre o associativismo em Arranhó VI”