QUASE MEMÓRIAS – parte 1
Muitos desconhecem, ainda hoje, donde surgiu esta evocação de Irene Lisboa em Arranhó, qual a razão, e como é que tudo começou?
Vamos tentar iluminar a história.
Em pleno período de liberdade e utopia social resultantes do golpe militar de 1974, saiu a público em Arranhó em Janeiro de 1975, um jornal em formato policopiado e manuscrito, assim muito ao género revolucionário e idealista daquela nossa época histórica.
Os seus três jovens fundadores [1] chamaram-lhe FPA – Folha Popular de Arranhó. [2]
Tenho muito orgulho em ter escolhido para a página cultural do primeiro número da Folha Popular de Arranhó, precisamente uma conterrânea, a ilustre arranhoense, técnica superior, notável pedagoga e escritora, Irene Lisboa (1892 – 1958).
Tinha sido uma descoberta recente que muito me entusiasmou.
Já havia na sede do concelho, por iniciativa do notável arrudense Dr. João Alberto Faria, o Externato Irene Lisboa, fundado em 1973, mas naquela época Irene Lisboa ainda era de facto muito desconhecida entre os seus conterrâneos arranhoenses.
Esta publicação na FPA foi o princípio do meu contributo local de divulgação pública, para lhe vir a ser dado o merecido reconhecimento concelhio.
Notas:
[1] eram eles José Joaquim Ferreira Frade, José Jorge Munhoz Frade, e, José Manuel Ferreira Luiz.
[2] da primeira série da FPA, foram publicados 4 números policopiados a stencil, entre Janeiro e Maio de 1975. No cabeçalho apresentava um característico carimbo a cor verde com as letras FPA.
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© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz