Durante décadas, a vida social em Arranhó era fortemente familiar e comunitária. Viviam-se fortes laços de solidariedade e entreajuda entre todos, era grande a amizade e convívio na aldeia.
Aos domingos, quando o tempo o permitia, as pessoas gostavam de se juntar para conviver, os jovens gostavam de passear em grupo pela estrada nacional. Era uma vida simples e tranquila pautada pelas estações do ano.
A foto revela-nos precisamente esse ambiente. Neste caso, um grupo que se reúne à porta de casa, ao domingo, em plena estrada nacional, ocupando-a. Naquela época o trânsito era muito escasso, e normalmente com veículos de tração animal.
Da esquerda para a direita, podemos ver a Deolinda da Piedade Rodrigues Assis, a Maria Teresa Assis Ferreira, ?, a Deolinda do Zé Ferrador, a Maria da Loura, a Irene, o António Assis Ferreira, e o Tóino Loura (António Francisco Assis).
É interessante observar o ambiente familiar descontraído e intergeracional, gerador de momentos onde se podia trocar opiniões, onde se falava da vida, se passavam valores e tradições, e certamente também havia lugar a alguma bisbilhotice.
A vida quotidiana era de muita proximidade social e de muito convívio entre todos, afinal eram uma família de famílias.
Ainda conhecemos este bom ambiente, e, apesar das grandes mudanças sociais entretanto ocorridas, não vemos razão para não se reestabelecer de novo um convívio alegre, franco, e saudável, entre todos os arranhoenses.
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© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz