Subsídios sobre a tradição cénica arranhoense
Como já referimos noutros postais, no final da década de 70 e início da década seguinte, a vida social e associativa em Arranhó foi muito rica em união e em iniciativas orientadas ao bem comum.
E foi nesse ambiente alegre e dinâmico que nos anos 80 os meus saudosos tios Francisco Soares da Encarnação e Maria do Patrocínio Nobre Encarnação abraçaram a meritória tarefa de organizarem um Grupo Cénico na colectividade, para mobilizar e reunir a juventude de então. Contaram na altura com a colaboração activa do notável Maestro Mário Martins, que então trabalhava com a Orquestra Os Bem Entendidos de Arranhó.
Os meus tios eram ambos muito criteriosos não só com os textos escolhidos para apresentar em público, mas também com a orientação cívica e a compostura dos jovens envolvidos na actividade, para fortalecer as suas bases culturais, e, também, suscitar neles inter-relações alegres e saudáveis.
A estreia do Grupo Cénico do URDA ocorreu a 27-06-1981, na sede do União Recreativo e Desportivo de Arranhó, e foi um estrondoso sucesso no público. Um sucesso repetido a 08-08-1981, numa nova apresentação integrada no programa das festas em honra de São Lourenço de Arranhó.
Nesta primeira peça, participaram como artistas muitos jovens arranhoenses de então, a saber: Alzira Teixeira. Helena Luis, Maria Emilia Luis, Lino Carvalho, Maria Luz Carvalho, Maria José Lemos, Carlos Rodrigues, Teresa Lemos, Zé Carlos, Paula Narciso, Adelaide, Paulo Coelho, Anabela-Antonio Luis (António Fernando), Vitor , Helena Ferreira Luis, Natália, Luis Rodrigues, Quim Zé (da Narcisa), Filipe Periquito, Isabel (Mota), e Paula Ferreira.
Na altura em que tirei esta foto amadora e de fraca qualidade não imaginava a importância que os anos lhe vieram a conferir, pois tornou-se rara e preciosa.
Esta fundação do Grupo Cénico do URDA foi um grande marco na vida cultural arranhoense, que todos recordam com carinho e saudade.
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© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz