A fotografia dum candeeiro de vidro a petróleo recorda-nos da estranheza que tinhamos em criança, quando ao chegar à aldeia de Arranhó eramos confrontado com a falta de luz eléctrica e de água canalizada em casa dos meus avós e nas outras casas à volta.
A falta da electricidade na aldeia propiciava momentos e um ambiente muito próprios, as pessoas conversavam mais umas com as outras, e, a iluminação através dos candeeiros a petróleo era muito gira e aquelas sombras suscitavam imensas histórias normalmente mais fantasmagóricas.
Recordamos aqui o nosso Jorge Raimundo que nos dá um testemunho vivo dum facto muito importante na vida de Arranhó – a chegada da iluminação pública:
«A magia e a emoção eterna da Rádio! Faz-me lembrar tempos em que não tinha electricidade e muito menos televisão em casa! Já agora, como curiosidade e orgulho, fui eu (e mais umas largas dezenas de putos da Primária – 1ª Classe – 1962, 22 de Dezembro ) que ajudei o Presidente da Câmara a “ligar a luz”!».
#VidaLocal
© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz
