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Postal de Arranhó N° 284: Novos horizontes

A migração arranhoense- Lisnave, Estaleiros Navais de Lisboa SARL

A história de Arranhó também se fez à custa da abertura de horizontes conseguida pela vivência noutros lugares.
Muitos arranhoenses têm procurado ao longo dos anos a estabilidade e melhores condições de vida fora da sua aldeia. Por exemplo nos difíceis anos 50, muitos debandaram para a capital.

A capital era naturalmente um oásis de oportunidades, mesmo para os que se apresentassem com menos qualificações, quer no Estado quer em empresas privadas.
Nessa altura, muitas empresas industriais davam formação técnico profissional aos seus colaboradores, e, incentivavam os seus estudos.
Assim sucedeu com uma conceituada empresa de construção e reparação naval do universo CUF – Companhia União Fabril: a Lisnave.
Criada em 1961, esta empresa tinha o seu estaleiro naval na Rocha de Conde de Óbidos, em Lisboa, e empregava muita mão de obra.

Pois ali trabalharam arranhoenses: o Francisco Soares da Encarnação, como empregado de escritório, e, o Manuel Domingos Soares da Encarnação, como gruísta. O contacto com o meio operário muito organizado, e, a novidade da gestão industrial, incutiam muitas ideias novas e motivações para virem a ser postas em prática na aldeia através do associativismo e duma vontade de progresso e desenvolvimento da comunidade.

Estas experiências profissionais tiveram muita influência nas dinâmicas locais, e trouxeram novos horizontes, prosperidade e segurança de vida, porque os arranhoenses mesmo tendo morada estabelecida em Lisboa acorriam ao fim de semana à sua aldeia, e aqui conviviam e desenvolviam as suas ideias e iniciativas.

Notas:
[1] diz-se migrar, quando uma pessoa muda de uma região para a outra, mas dentro do próprio país.

#Mobilidade Arranhoense

© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz