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Postal de Arranhó N° 067: “Somos uma família de famílias”

Zulmira Serralheiro Raimundo e José Lopes

Os meus bisavós paternos chamavam-se José da Silva Raimundo e Maria da Piedade Serralheiro, foram um casal patriarca arranhoense e tiveram uma prole numerosa e bem conhecida em Arranhó. Neste postal recordamos uma das suas filhas, a tia Zulmira Serralheiro Raimundo.

O casal José Lopes (N 31-07-1907; F 14-04-1988) e Zulmira Serralheiro Raimundo (N 13-02-1911; F 25-05-2003) contraíram matrimónio e estabeleceram morada em Arranhó, na zona dos Lameiros, actual rua da República, junto da fonte.

Eram meus estimados e queridos tios-avós paternos. Ele, mestre carpinteiro, natural de Martim Afonso, aqui se estabeleceu e edificou uma serração na esquina dos Quatro Caminhos; ela doméstica, também tomava conta da loja mercearia e casa de pasto, que tinham no andar de baixo.

Gente de trabalho, como eram todos à época, ainda amanhavam terras para alimentar a família. A tia Zulmira pertencia à família dos Serralheiros, era irmã da minha avó Francisca. O casal era também muito amigo dos meus avós maternos.

Da sua união nasceram: o José, a Arminda, o Manuel, a Guilhermina (minha sogra), a Maria José, e o Joaquim.

Tenho muito gratas recordações dos dois e gostaria de sublinhar aqui a sensatez e doçura dela, e, o respeito e o sentido de responsabilidade pelo bem comum dele, seja na família seja na comunidade (na SURA, ou na festa de Arranhó). Ele era um patriarca onde a palavra de honra, o aperto de mão, significavam tudo.

Passamos a evocar agora o resto da família uma vez que os laços de parentesco vão enfraquecendo junto dos mais novos:

O primo José Raimundo Lopes é celibatário.

O primo Manuel Raimundo Lopes desposou a Deolinda Moreira, e tiveram a prima Alzira (que desposou o José Manuel Teixeira e tiveram a prima Joana que desposou o Paulo Mateus e tiveram o Francisco, e, o primo José Miguel), e a prima Dina que desposou o António Almeida e tiveram a prima Ana Luisa e o primo Gonçalo.

A prima Maria José Raimundo Lopes desposou o António Mateus Gageiro, e tiveram a prima Suzana.

A prima Arminda Raimundo Lopes desposou o Evaristo Luis, e tiveram o primo Joaquim José que casou a Ana Maria e tiveram o primo Jorge Humberto que desposou a Célia, o primo Paulo casou com a Teresa Tomaz e tiveram a Maria, e o primo Mário casou com a Sónia Brandão e tiveram a Maria Inês.

A prima Maria Guilhermina desposou o António Carvalho Rodrigues e tiveram a Maria José, minha esposa.

O primo Joaquim desposou a Maria Manuela Barroso e tiveram o primo José Manuel (que desposou a Elisabete Luis e tiveram o primo Salvador e o primo Lourenço) e a prima Sónia (que desposou o Nelson Cacilhas e tiveram o primo João Pedro e o primo João Afonso).

Mantivemos propositadamente os graus de parentesco, porque nos dias de hoje isso não está a ser cultivado entre as novas gerações com sérias consequências na perda dos laços familiares. Arranhó está a enfraquecer os seus laços familiares e isso é um problema a merecer a atenção de todos.

#FamíliaDeFamílias

© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz