É natural que algumas memórias evoquem sentimentos de saudade nalguns leitores. Achamos natural, afinal como diz a sabedoria popular: recordar é viver.
Mas o propósito deste projeto não é ficar parados no passado, porque afinal o “nosso tempo” é sempre o tempo em que estamos a viver as nossas vidas.
Mas consideramos fundamental ter presente o passado e os que nos antecederam, para melhor discernir a nossa missão e obrigação com os vindouros. Embora alguns não se dêem conta, sem passado, não temos futuro.
Consideramos esta foto de grupo particularmente relevante, não só pelos retratados mas também por evocar um tempo, um modo de vestir e um modo de estar: as mulheres tendencialmente de negro e lenço na cabeça, os homens mais idosos de samarra e barrete saloio, o outros de boina e roupa rural fumando cigarros enrolados à mão, o mais jovem com uma indumentária mais moderna.
Numa primeira tentativa de identificação, teremos da esquerda para a direita: a ti Seca (Mariana Soares), o seu esposo José Abegão, o filho António Lourenço Abegão, o irmão Vicente Lourenço Abegão (identificação ainda em escrutínio), António “Manjor” (António Soares Mateus).
A foto apresenta no seu verso a data de 22 de Janeiro de 1951, revelando um Inverno em Arranhó, onde não haviam grandes motivos para sorrisos.
Estamos gratos à nossa prima Maria José Soares Mateus, que nos facultou esta rara e preciosa foto, e `nossa amiga Adelaide Assis anos ajudou na identificação do grupo.
#PessoasFamílias
© Direitos Reservados, Reprodução Proibida | Arranhó Memória e Gratidão, compilação e foto de José M. Ferreira Luiz